PEDAGOGIA SOCIAL
Entende-se
que ao falar de educação também está se referindo ao termo “Pedagogia Social”
como aquele processo através do qual se forma o homem como cidadão, resgatando
seus valores morais que são parte de seu ser, o que lhe proporciona a
possibilidade de se integrar cultural e socialmente à vida da comunidade, isto
é, assinala com maior ênfase o princípio que acata a educação que não é outra
coisa, que o da “socialização”. O homem é um ser gregário por natureza e não
pode conceber uma vida separada de outros seres semelhantes, quer para sua
sobrevivência e sua integridade mental.
Palavras - chave: educação, homem, vida.
Abstract
One understands that to
the education speech also it is if relating to the term “Social Pedagogia” as
that process through which if forms the man as citizen, rescuing its moral
values that are part of its being, what it provides the possibility to it of if
integrating socially cultural and to the life of the community, that is,
designate with bigger emphasis the principle that accepts the education that is
not another thing, that of the “socialization”. The man is a gregário being by
its very nature and he cannot conceive a separate life of other similar beings,
wants for its survival and its mental integrity.
Key- words: education, man, life.
1. Introdução
Pedagogia Social significa
agir sobre si mesmo, com os outros e com as perguntas da sociedade, de tal
forma que nossa ação torne possível o desenvolvimento sadio de outras pessoas e
das condições sociais. Ela é uma aplicação das ideias de Rudolf Steiner sobre
organização social, que ele formulou em 1919 com o nome de “Trimembração do
Organismo Social” (“Dreigliederung des Sozialen Organismus”), no âmbito de
grandes ou pequenos grupos sociais (como empresas ou grupos de trabalho) e
também do âmbito do desenvolvimento de sensibilidade, responsabilidade e ação
sociais individuais.
2. Objeto de estudo
O pedagogo
não possui quanto ao seu objeto de estudo um conteúdo intrinsecamente próprio,
mas um domínio próprio (a educação), e um enfoque próprio (o educacional), que
lhe assegurara seu caráter científico. Como todo cientista da área
sócio-humana, o pedagogo se apóia na reflexão e na prática para conhecer o seu
objeto de estudo e produzir algo novo na sistemática mesma da Pedagogia. Tem
ele como intuito primordial o refletir acerca dos fins últimos do fenômeno
educativo e fazer a análise objetiva das condições existenciais e funcionais desse
mesmo fenômeno. Apesar de o campo educativo ser lato em sua abrangência,
estritamente são as práticas escolares que constituem seu enfoque principal no
seu olhar epistêmico. O objeto de estudo do pedagogo compreende os processos
formativos que atuam por meio da comunicação e intercâmbio da experiência
humana acumulada. Estuda a educação como prática humana e social naquilo que
modifica os indivíduos e os grupos em seus estados físicos, mentais,
espirituais e culturais. Portanto, o pedagogo estuda o processo de transmissão
do conteúdo da mediação cultural que se torna o patrimônio da humanidade e a
realização nos sujeitos da humanização plena. No plano das ideias, o grego Platão
(427-347 a .C.)
foi de fato o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema
educacional para o seu tempo mas, principalmente, por tê-lo integrado a uma
dimensão ética e
política.
Para ele, o objeto da educação era a formação
do homem moral, vivendo em
um Estado justo.
3. Relevância no Brasil
Pedro
Smith, acionista e diretor da Giroflex (indústria de cadeiras e móveis para
escritórios), em 1963, durante uma estadia na Europa, conheceu o trabalho de
Lievegoed com empresários, identificando-se profundamente com ele. Na sua volta
para o Brasil, criou um grupo de empresários que se ocupavam com as novas
idéias do NPI (Nederlands Pedagogish Institut). A partir de 1972 funda-se o NPI
no Brasil. Em 1993 foi fundada a Associação para desenvolvimento da Pedagogia
Social no Brasil.
4. Desafio educacional
O
desafio da Pedagogia Social é lidar de forma construtiva com as questões sociais
do nosso dia a dia, no convívio e no trabalho com outras pessoas. É o campo da
ação do saber lidar com as questões e com perguntas das empresas, instituições,
grupos ou indivíduos, de maneira tal que empresa e consultor ou indivíduo e
coacher (conselheiro), grupo e o facilitador possam encontrar novas soluções no
campo social e organizacional. Cada um de nós está constantemente em busca do
caminho de realização de sua própria individualidade e nisso dependemos também
daqueles com os quais convivemos. Como podemos, em nosso convívio social, criar
as condições necessárias para realização de cada individualidade e como cada
individualidade pode contribuir para realização da sociedade? A Pedagogia
Social nos auxilia nesta tarefa.
Segundo
B. Lievegoed “Uma atitude social na vida significa
ajudar o outro a dar o próximo passo em seu desenvolvimento pessoal. Significa
ter a coragem de confrontar-se com a dúvida, a desconfiança, o ódio e o medo.
Isto significa a estar atento diante das dúvidas sobre o que sei, o que sou e o
que faço”.
5. Metodologia
A
Pedagogia Social, evita os chamados projetos (data de início e de término) e
privilegia os chamados processos (que tem data de início, mas não de término).
Isso não quer dizer que não existam objetivos, organização, prazos, orçamentos,
etc. Mas quer dizer que se privilegia o desenvolvimento das pessoas e não o seu
adestramento numa determinada tarefa. A abordagem é muito situacional,
construída sob medida para a situação específica, aproveitando as experiências
profissionais e vida dos participantes. Constrói-se assim, passo a passo com
eles, a solução para determinado problema. A conseqüência é um compromisso
muito mais forte dos envolvidos, pois a solução partiu deles e da sua
realidade.
A metodologia permite uma profícua
conscientização das pessoas envolvidas quanto a seus valores, missão de vida e
o desenvolvimento das chamadas habilidades sociais: ouvir, falar, aconselhar,
observar, negociar, decidir, perdoar, etc. São vivências seguidas de reflexões
individuais e resgates nos grupos ao invés de discursos e palestras
intelectuais. Nesse sentido, para aplicação educacional apresentam-se três funções principais da pedagogia social:
1ª. A pedagogia social
fundamenta, justifica e compreende a ação preventiva, que é uma antecipação,
para evitar que os indivíduos se dissocializem. Neste sentido, a prevenção
reforça ou compensa.
2ª. A pedagogia social
fundamenta, justifica e compreende a ajuda que se oferece a quem está em alto
risco social. As maneiras de ajuda são múltiplas.
3ª. A pedagogia social fundamenta,
justifica e compreende a reinserção,
terapia ou cura, como remédio a condutas
desviadas, como restauração da conformidade normativa e como correção.
6. Impactos na Sociedade Brasileira
Particularmente, com
relação ao Estado Brasileiro, a Constituição Federal de 1988 trouxe a tríplice
dimensão do desenvolvimento da pessoa, do preparo para o exercício da cidadania
e da qualificação para o trabalho. O referido documento também aponta a “Educação
como direito de todos” (artigo 205), ampliando assim ainda mais, a
importância da mesma, a busca da consolidação da cidadania para o homem do
século XXI. Em 1996 inclusive, o então senador Darcy Ribeiro apresentou um
Projeto de Lei (n.º 1603/96), cuja proposta “era parte de um articulado
conjunto de políticas públicas que caracterizavam a face neoliberal do Estado
Brasileiro” (RIBEIRO, 1997, p. 67). Esse projeto reconhecia a
universalidades do direito à educação básica, um inadiável aumento de sua
oferta exigida pelas demandas do atual trabalhador. Propõe que a educação possa
atingir dimensão tecnológica, científica e comportamental - exigindo ainda a
esse mesmo trabalhador, a sua capacitação, reflexão critica, o fazer, o criar e
educar-se permanentemente - apesar dos limites impostos pelo processo
produtivo.
O primeiro impacto entendido como objetivo comum a ser atingido está no
desenvolvimento sustentável ampliado e progressivo que introduz, na discussão,
a busca do equilíbrio entre crescimento econômico, eqüidade social e
preservação da vida. Trata-se, portanto, da procura por uma nova racionalidade
que garanta a solidariedade e a cooperação, tanto quanto a continuidade do
desenvolvimento e da própria vida para as gerações futuras, ameaçadas pelo
consumismo perdulário e pela exploração predatória e desumana dos cidadãos.
As ações
prioritárias desse impacto são as possibilidades e restrições com o
desenvolvimento e a sustentabilidade ampliada e progressiva de uma globalização
solidária visando um desenvolvimento sustentado e sustentável. Espera-se desse
modo obter a inclusão social e o empreendedorismo, focando a valorização do
capital humano, do conhecimento e da qualidade de vida. Colaborando com essa
perspectiva está a ética do respeito à vida: solidariedade global e pacto
natural dentro de um contexto internacional e do cenário atual do Brasil, com
medidas sócio-educativas: Uma faceta da Educação Social.
O trabalho árduo em
seu desenvolvimento visando a participação da sociedade civil na busca de
soluções para problemas que antes eram entendidos como de responsabilidade do
Estado, tem crescido desde as duas últimas décadas do séc. XX. Vários autores
(DAGNINO (2002) por exemplo) têm abordado este fenômeno sob a ótica da
ampliação da democracia e da participação popular na política nacional. Esta é
uma escolha entre os futuros possíveis.
7. Conclusão
A
Educação é um processo que ocorre nos mais diferentes âmbitos da sociedade.
Neste sentido, a pedagogia precisa estar atenta para formar educadores para
atuar nestes vários espaços. Acredito que todas as formas de Educação possuem
um aspecto relevante, pois, atuam perante sujeitos sociais e históricos e fazem
parte da constituição dos mesmos. O
objeto material da pedagogia social é o próprio da pedagogia geral: o ser educando do homem, que é a realização prática de uma
possibilidade prévia, a educabilidade.
O objeto formal é o estudo da fundamentação, como justificativa e entendimento
da intervenção pedagógica nos serviços sociais, mediante os quais se cumprem as
funções básicas da pedagogia social: a prevenção, ajuda e reinserção ou
resocialização do indivíduo.
8. Referências bibliográficas
CONTE, Priscila. Educação 2010: As mais importantes tendências na visão dos mais importantes
educadores. 1ª edição. Curitiba: Editora Multiverso, 2010.
PETERS, Michael A. e BESLEY Tina (orgs); Por que
Foucault? Novas Diretrizes para a Pesquisa Educacional. Tradução Vinícius
Figueira Duarte. – Porto: Artmed, 2008. 248p; 23cm.
TRINDADE, Eduardo. Teses, Dissertações e
monografias: Roteiro para sua elaboração. 1ª edição. Rio de Janeiro:
Editora JUERP, 1994.
VEIGA, Ilma
Passos Alencastro e SILVA, Edileuza F. (orgs.). A escola mudou. Que mude a formação de professores! – Campinas, SP:Papirus, 2010. – (Colégio
Magistério e Trabalho Pedagógico).
Sites consultados:
http://www.espacoacademico.com.br/026/26caraujo.htm
http://pt.encydia.com/es/Pedagogia_social
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedagogia
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